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Você sabe a diferença entre os ciclones tropicais, subtropicais e extratropicais? Confira na notícia

Publicada por Samira Avelar em 22/06/2021
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Tipos de ciclones

Tropical, subtropical ou extratropical: todos esses são tipos de ciclones de baixa pressão atmosférica, onde o ar se move no sentido horário no Hemisfério Sul e no sentido anti-horário no Hemisfério Norte. Os ciclones são associados com grandes estensões de nuvens carregadas que provocam chuva intensa. A diferença entre a porção mais externa com a pressão atmosférica do centro do sistema sobe a velocidade do vento.

Compreenda como e onde se formam esses três tipos de ciclone, com explicações Luiz Gozzo, meteorologista e especialista em climatologia de ciclones tropicais.

Quais características os tornam diferentes entre si?

Para a previsão do tempo, a principal distinção entre eles é que o ciclone extratropical possui regiões de frente fria e frente quente, acarretando padrões de tempo diferentes nas duas regiões. Já o ciclone subtropical e tropical não possuiem frente fria associada. Veja abaixo uma imagem ilustrativa que exemplifica essa explicação:

Nas imagens do satélite, pode-se notar que os ciclones extratropicais tem forma que lembra uma espiral. Já os subtropicais e tropicais aparecem como uma massa de nuvens em forma arredondada, sendo que o tropical tem uma forma mais arredondada em comparação com o subtropical.

O ciclone tropical Catarina, que atuou entre 24 e 28 de março de 2004, foi o primeiro que se formou no Atlântico Sul.

Brasil

Entre os dias 8 e 12 de março de 2010 se originou o ciclone subtropical Anita, perto do litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já entre o litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo entre os dias 10 e 16 de março de 2011 se formou o ciclone subtropical Arani.

Na Região Sudeste, o ciclone subtropical Bapo se originou na costa de São Paulo, entre 05 e 08 de fevereiro de 2015. Na Região Sul, o ciclone subtropical Cari se originou na costa de Santa Catarina em 10 de março do mesmo ano.

Ciclones extratropicais

Normalmente são associados com as frentes frias. Abaixo, na imagem do satélite de 27 de outubro de 2016, o ciclone extratropical é a região onde pode-se ver bandas de nuvens enroladas, que lembram um caracol, na costa do Rio Grande do Sul. As bandas de nuvens da frente fria associada com este ciclone surgem entre o centro-sul de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

 

O tipo de ciclone é definido pela temperatura interior

A temperatura do centro é uma das diferenças mais importantes entre os ciclones. Próximo da superfície, o centro dos ciclones extratropicais é mais frio do que a atmosfera ao redor, em contrapartida a região central dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. O que traz ainda mais instabilidade para a atmosfera e a torna mais favorável para temperaturas severas.

Tamanho dos ciclones

O tamanho horizontal dos ciclones subtropicais é menor que o extratropical e pode ocasionar condições de tempo severo em regiões localizadas. Já os ciclones subtropicais, normalmente provocam grandes volumes de chuva e ventos mais fortes em comparação com os extratropicais. Agora os ciclones tropicais podem variar muito de tamanho.

Variação da pressão com a altitude

Os ciclones acontecem em regiões da atmosfera onde ocorrem acentuadas quedas da pressão de ar. Característica marcante dos ciclones subtropicais e tropicais é que os núcleos de baixa pressão em distintos níveis da atmosfera ficam sobrepostos, desde a superfície até os níveis mais altos da atmosfera, como se estivessem "empilhados".

O "giro" do ciclone perto da superfície está alinhado com o giro que ocorre a 3 km de altura e também com o giro que acontece a 5 km de altura, e assim continuadamente. Os centros de baixa pressão dos ciclones extrajudiciais não são nivelados na vertical. As áreas de baixa pressão em altitude ficam deslocadas para leste em relação ao centro de baixa em superfície.

Março é o mês que mais tem ciclone no Hemisfério Sul

Após todo o aquecimento solar recebido desde o fim da primavera, as águas dos oceanos no Hemisfério Sul estão mais quentes no fim da primavera, em março. Nesse mês temos o maior armazenamento de calor na atmosfera e nos oceanos. A água quente é o principal componente para se formar ciclones tropicais e subtropicais.

Ciclones tropicais e subtropicais são raros no Brasil e no Atlântico Sul

Eles precisam de três ingredientes básicos para se formar: muita umidade próxima da superfície, alta temperatura da superfície do mar e um ciclone frio ocorrendo nos médios níveis da atmosfera (aproximadamente 5 km de altura). Nem sempre a temperatura da superfície do mar está suficientemente alta, nem sempre existe umidade suficiente na região e nem sempre um ciclone frio acontece a 5 km de altura. Portanto, não é muito comum a ocorrência desses três fatores, em posições favoráveis, ao mesmo.

Ciclones extratropicais são mais comuns no Brasil e no Atlântico Sul

Os ciclones extratropicais são mais comuns, porque seus componentes principais que são as variações de temperatura na horizontal próximo da superfície e frentes frias, acontecem constantemente na atmosfera.

Os ciclones se formam onde?

Os ciclones tropicais se formam, em geral, na faixa de latitude entre 20° ao sul (20°S) e 20° de latitude norte (20°N). Entre 20° e 30°, nos dois hemisférios, podemos se formar os três tipos de ciclones. Nas latitudes maiores que 30°S e 30°N só se formam os extratropicais. A Antártica, no Hemisfério Sul, é a região de formação de quase todas as frentes frias e ciclones extratropicais associados a elas. Mais informações Climatempo

 

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