Brasil em chamas: Queimadas atingem nível crítico no país, com foco na região Centro-Oeste e Norte

 

O número de queimadas no Brasil entre o período do dia 01 de janeiro de 2024 até o dia 02 de setembro já totaliza 135.898 registros, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INEP), sendo o estado com maior índice o Mato Grosso, com 28.279 casos.

Contudo, quando essa análise se volta para os biomas, o cenário é crítico e alarmante, sendo a Amazônia a concentrar 50,8% das áreas atingidas e em seguida com 30,5% o Cerrado. O período de estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar e ventos, contribuem de forma negativa para ocorrência de focos de incêndio e refletindo tanto na saúde como na paisagem dessas localidades.

Influência das queimadas no entardecer de algumas capitais 

A região Centro-Oeste totalizou, até o dia 02 de setembro de 2024, 41.412 focos de queimadas, sendo o estado do Mato Grosso a liderar este ranking de foco por estado, conforme dados do INEP. Na imagem abaixo podemos observar a influência das queimadas no entardecer da capital Cuiabá/MT, Campo Grande/MS e Brasília/DF.

Já região Norte do país, até o dia 02 de setembro de 2024, foram registrados 61.399 focos de queimadas, sendo o estado do Pará a liderar este ranking de foco por estado, conforme dados do INEP. Na imagem abaixo podemos observar a influência das queimadas no entardecer da capital Porto Velho/RO.

O que acontece com a fumaça gerada pela queimada?

A fumaça, em geral, permanece suspensa nas camadas intermediárias da atmosfera, mas, dependendo das condições meteorológicas, pode atingir a superfície e causar sintomas, como irritação nos olhos e dificuldade para respirar.

A umidade do ar pode influenciar a propagação do fogo?

A umidade relativa do ar desempenha um papel crucial no combate a incêndios florestais. Quando a umidade cai abaixo de 30%, a vegetação se torna extremamente seca, agindo como combustível para o fogo. A evaporação da água da planta se intensifica, tornando-a mais inflamável e dificultando significativamente o controle das chamas.

O período entre 10h e 18h, caracterizado por altas temperaturas e baixa umidade, é considerado o mais crítico para o combate a incêndios. Nessa janela temporal, a vegetação perde água rapidamente para a atmosfera, aumentando o risco de incêndios de grande porte. Em contraste, durante a noite, a formação de orvalho repõe parte da umidade perdida pelas plantas, tornando-as menos propensas à combustão e facilitando as ações de combate ao fogo.

A propagação do fogo em vegetação seca ocorre rapidamente, mas em vegetação verde é mais difícil, pois estão em constante absorção de água do solo, porém em períodos com extrema seca, a umidade do ar baixa pode atingir até esse tipo de vegetação. Em épocas de secas, os índices de umidade do ar baixos são um dos principais fatores para propagação de incêndios florestais.

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