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La Niña se despede: o que esperar do clima com a chegada da neutralidade?

Publicada por Julia Reis em 07/03/2025
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A imagem ilustra o aumento da temperatura em decorrência do enfraquecimento do La Niña
La Niña se despede: O que esperar do clima com a chegada da neutralidade?

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou a progressiva dissipação do fenômeno climático La Niña, com a transição para a condição de neutralidade prevista para o próximo trimestre. Este evento, caracterizado pelo resfriamento anômalo e persistente da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, teve início em dezembro de 2024, embora anomalias negativas na temperatura da superfície do mar (TSM) já fossem observadas desde agosto de 2024 na região do El Niño 3.4 (área delimitada entre 170°W e 120°W). 

 

Mas o que é a neutralidade climática? 

Imagine o oceano Pacífico como um grande termômetro que influencia o clima do mundo todo. Às vezes, esse termômetro marca temperaturas mais altas (El Niño) ou mais baixas (La Niña), causando mudanças no tempo em diversos lugares. Mas também existe um momento em que o termômetro fica "normal", sem marcar nem muito quente nem muito frio. Esse momento é a neutralidade climática. 

Na neutralidade, a temperatura da água do oceano Pacífico fica próxima da média, como se o oceano estivesse em equilíbrio. Isso significa que não há influência forte nem do El Niño nem da La Niña, e o clima tende a seguir seu padrão mais comum.

Porém, isso não quer dizer que o tempo fica igual sempre. A natureza é cheia de surpresas, e mesmo na neutralidade, podemos ter variações no clima. Além disso, a neutralidade pode ser apenas um período de transição, um "respiro" antes do oceano voltar a ficar mais quente ou mais frio. Por isso, os cientistas estão sempre de olho nas temperaturas do oceano. 

  

Entendendo o La Niña 

O La Niña é um fenômeno climático oceânico-atmosférico que se manifesta pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, que infleuncia diretamente no clima, podendo alterar os padrões de vento e chuva em diversas regiões do mundo. A caracterização do fenômeno ocorre quando a TSM (Temperatura da camada superior do oceano) na região do El Niño 3.4 (Área específica do Oceano Pacífico Equatorial utilizada para monitorar as anomalias de TSM) atinge valores inferiores a -0,5°C, limiar este que foi alcançado em dezembro de 2024, ainda que com fraca intensidade. Nos meses subsequentes, janeiro e fevereiro de 2025, o limiar foi mantido, porém, observa-se um enfraquecimento gradual do fenômeno. 

O mapa mostra as alterações na temperatura do Oceano, indicando o fim do La Niña
Anomalias de TSM no período de 1 a 28 de fevereiro de 2025 – Fonte: INMET.

 

Evidências do Enfraquecimento 

A comparação dos períodos de 1 a 15 de fevereiro e 16 a 28 de fevereiro revela a redução da área de águas frias (indicada pelo destaque azul no mapa) e o surgimento de áreas com águas ligeiramente mais quentes (indicadas pelo destaquem em vermelho no mapa), especialmente na costa oeste da América do Sul. A persistência e expansão desta área mais quente em direção à parte central do oceano contribuem para a dissipação do La Niña. 

  

Previsões e Probabilidades 

Os modelos meteorológicos internacionais, corroborados pela OMM, indicam que a TSM no Pacífico Equatorial deve permanecer abaixo da média na primeira quinzena de março, com tendência de retorno à neutralidade em breve. Desta forma, há uma probabilidade de 60% de ocorrência da transição para a neutralidade no trimestre março-abril-maio/2025, aumentando para 70% no trimestre abril-maio-junho/2025. 

 

Com informações do Instituto Nacional de Meteorologia. 


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